Na mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), como já previsto pelos investidores e economistas, houve mais uma redução na taxa básica de juros brasileira (taxa Selic). Foi feito o corte de mais 0,5 ponto percentual, indo, portanto, de 11,75% para 11,25%.
Sabemos que a taxa Selic afeta diferentes áreas da vida financeira, não somente ao investidor. Está atrelada diretamente à inflação e à economia. Épocas em que a Selic está em queda são favoráveis para quem quer fazer um financiamento ou pegar um empréstimo, por exemplo – já que o custo para os bancos é mais baixo.
A principal consequência de uma taxa de juros alta é a queda da inflação. A regra é simples: juros altos = menos consumo; juros baixos = mais consumo. Portanto, o que o mercado financeiro está prevendo é que para ainda final desse ano a taxa Selic esteja em torno de 9,00% e a inflação (IPCA) em torno de 3,86%. Sendo que para final do ano que vem (2025), prevê-se que a Selic esteja em 8,50%, enquanto a inflação em 3,50%.
COMO É DECIDIDO SE A SELIC VAI AUMENTAR OU DIMINUIR?
O processo de decisão da taxa de juros do país, dentro outros fatores econômicos, envolve algumas etapas:
• Meta de inflação: o Bacen trabalha com metas de inflação, ou seja, ele estima um número a ser alcançado e utiliza ferramentas econômicas para levar a inflação brasileira para aquele patamar. As decisões sobre a Selic, por exemplo, têm o objetivo de manter a inflação dentro dessa faixa.
• Deliberação e votação: os membros do COPOM, durante os encontros, apresentam suas opiniões e debatem sobre a economia, analisam os dados, fazem projeções e votam se devem aumentar, diminuir ou manter o valor atual da Selic. Em seguida, é feita a comunicação para a imprensa e população da decisão tomada.
Confira abaixo o calendário das reuniões do Copom de 2024 (que acontecem com intervalo de 45 dias):
- 30 e 31/01;
- 19 e 20/03;
- 07 e 08/05;
- 18 e 19/06;
- 30 e 31/07;
- 17 e 18/09;
- 05 e 06/11;
- 10 e 11/12.
E COMO FICAM OS INVESTIMENTOS COM A QUEDA DA SELIC?
Com a redução na Selic, os títulos públicos e aplicações em renda fixa a ela indexadas passam a render menos e, portanto, ser menos vantajosos do que quando a taxa Selic estava em 13,75%, por exemplo. Títulos do Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs passam a pagar menos do que antes. Incluindo sua poupança. Quanto à renda variável, a tendência é que ela esteja ainda mais em ascensão, já que as pessoas acabam por procurar investimentos que rendam mais que a renda fixa, e, por consequência, mais arriscados. Fundos imobiliários devem permanecer em alta, principalmente os fundos de tijolo, já que os de papel estão atrelados aos CRIs (Créditos de Recebíveis Imobiliários), ou seja, à dívidas – logo, estão atrelados à taxa Selic.
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